Ética, respeito ao ser humano e rigor científico: esses são os princípios que norteiam a rotina de trabalho de um BIOMÉDICO.
domingo, 23 de novembro de 2014
sábado, 17 de maio de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
Metabolismo de aminoácidos
O nitrogênio (N2), presente na atmosfera, é
reduzido a amônia (NH3) antes de ser incorporado aos compostos orgânicos
presentes em sistemas biológicos. Esse processo depende da energia gerada
através da hidrólise do ATP:
Esse processo pode ser efetuado por apenas
algumas bactérias e algas azuis. Considerando a quantidade de nitrogênio
fixado, as bactérias simbióticas se destacam entre as várias classes de
organismos fixadores de nitrogênio. A mais comum das bactérias fixadoras de
nitrogênio é Rhizobium, que é um tipo de bactéria que invade as raízes de
leguminosas (angiospermas da família Fabaceae ou Leguminosae), tais como trevo,
ervilha, feijão, ervilhaca e alfafa.
No ser humano a maioria dos aminoácidos são
obtidos da dieta. A relação entre a quantidade de nitrogênio ingerida
diariamente e a quantidade que é excretada expressa o balanço diário de
nitrogênio. Quando a quantidade de nitrogênio excretada é maior do que a
quantidade ingerida diz-se que o balanço é negativo. O balanço positivo de
nitrogênio ocorre com mais freqüência na criança em crescimento, mas pode
ocorrer na senescência ou em indivíduos com uma dieta deficiente em um aminoácido essencial.
O ser humano pode sintetizar apenas 11 dos 20 aminoácidos necessários
para a síntese de proteínas. Aqueles aminoácidos que não podem ser sintetizados
são considerados aminoácidos essenciais (Histidina, Isoleucina, Leucina, Metionina,
Fenilalanina, Treonina; são exemplos de aminoácidos essenciais).
Proteínas como fonte de aminoácidos
A cada dia, proteínas da dieta (cerca
de 70-100g) e proteínas endógenas (cerca de 35-200g) sofrem a ação de
peptidases e são degradadas às suas unidades fundamentais, os aminoácidos. As
proteínas endógenas são decorrentes da constante modificação que ocorre com os
componentes celulares e apresentam um tempo de meia-vida que varia de poucos
minutos até meses.
Digestão e absorção de proteínas
No estômago, a presença de HCl
desnatura as proteínas favorecendo a hidrólise. A pepsina, uma protease
que age preferencialmente sobre ligações peptídicas formadas pelo aminogrupo de
aminoácidos aromáticos (Phe, Tyr), é gerada a partir do
zimogênio pepsinogênio através da remoção de 44 aminoácidos da
extremidade NH2 terminal. Os produtos principais da ação da pepsina são
peptídeos grandes e um pouco de aminoácidos. A presença destes produtos
estimula a liberação de colecistocinina no duodeno. Colecistocinina e
secretina estimulam a secreção do suco pancreático, rico em peptidases na forma
de zimogênios. Os polipeptídios que chegam ao duodeno são degradados por essas
enzimas (tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidades A e B, elastase), que são
ativas em pH neutro e por isso dependem de NaHCO3, também presente no suco
pancreático.
Os produtos finais da digestão, na superfície celular, são aminoácidos
livres, di- e tri-peptídeo, que são absorvidos por sistemas específicos de
transporte de aminoácidos e peptídeos. Estes últimos são hidrolisados no
compartimento citoplasmático, uma vez que, após uma refeição, o sangue portal
não contem peptídeos.
O ciclo do gama-glutamil:
De
acordo com Alton Meister, os aminoácidos são transportados como dipeptídeos do
ácido glutâmico. Nesse sistema de transporte, o glutation (GSH) se presta como
doador do grupo gama-glutamil. A formação do dipeptídeo é catalisada pela
enzima gama-glutamil transpeptidase (CGT), uma enzima da membrana
celular, presente, principalmente, no fígado, ducto biliar e rim. A
determinação dos níveis da enzima no sangue é usada na identificação de doenças
nesses órgãos.
Degradação intracelular de proteínas:
Degradação
lisossomal - Os lisossomos contêm cerca de 50 enzimas hidrolíticas,
incluindo uma variedade de proteases. Estas enzimas agem em pH próximo de 5,
que é o pH interno dos lisossomos e são inativas no pH do citosol.
Ubiquitinação
de proteínas - A degradação de proteínas em células eucarióticas também
ocorre através de um processo dependente de ATP envolvendo aubiquitina, uma
proteína manométrica com 76 resíduos de aminoácidos. Esse processo não depende
dos lisossomos.
Destino dos aminoácidos
A maioria dos aminoácidos usados pelo organismo para a síntese de
proteínas, ou como precursores para outros aminoácidos são obtidos da dieta ou
da renovação das proteínas endógenas:
Dependendo do destino destes aminoácidos,
eles podem ser classificados como aminoácidos glicogênios (quando
participam da gliconeogênese), cetogênicos (quando geram corpos cetônicos)
e glico-cetogênicos (quando a rota metabólica leva à formação de
glicose e de corpos cetônicos)
Aminotransferases:
Quando
necessário, pode ocorrer a transferência do grupo amino de um aminoácido para
um alfa-cetoácido gerando um outro aminoácido e o alfa-cetoácido
correspondente. Essa reação é catalisada pelas aminotransferases, também
conhecidas como transaminases. Para cada aminoácido existe uma
aminotransferase correspondente. A determinação dos níveis séricos das
transaminases glutâmico pirúvica (TGP) e glutâmica oxalacética (TGO) é um dado
diagnóstico utilizado rotineiramente na confirmação de problemas cardíacos ou
hepáticos. A concentração dessas enzimas no plasma é baixo. No entanto, quando
ocorre rompimento de tecido - no enfarto do miocárdio, p.e. - a concentração
plasmática aumenta, denunciando a lesão.
Estas
enzimas têm como coenzima o piridoxal fosfato e transferem o grupamento amino
de um aminoácido (alanina, na figura) para o alfa-cetoglutarato gerando
glutamato e o alfa-cetoácido (piruvato, na figura) derivado do aminoácido que
perdeu o grupamento amino. Essa reação é necessária uma vez que a amônia não
pode participar do ciclo da uréia diretamente a partir de qualquer aminoácido,
mas pode ser doada pelo glutamato. A reação inversa ocorre quando há
necessidade de um determinado aminoácido para a síntese de proteína.
O
piridoxal fosfato liga-se às transaminases através de uma ligação aldimina com
um resíduo de lisina da cadeia polipeptídica da enzima.
Glutamato desidrogenase:
No
fígado, essa enzima está localizada na mitocôndria, onde têm início as reações
do ciclo da uréia. A enzima catalisa a incorporação de amônia, como grupo
amino, no alfa-cetoglutarato gerando glutamato e utiliza NADPH como coenzima,
envolvendo consumo de ATP. A reação reversa é catalisada pela mesma enzima
utilizando NAD como coenzima.
Amônia
livre é tóxica e é, preferencialmente, transportada no sangue, na forma de
grupos amino ou amida, incorporados em aminoácidos. Glutamina representa
cinqüenta por cento desses aminoácidos circulantes. A produção de glutamina é catalisada
pela glutamina sintetase utiliza glutamato e amônia como substrato. A remoção
da amônia - na reação reversa - é feita pela glutaminase.
Aminoácido oxidase:
Muitos
aminoácidos sofrem a ação do L-aminoácido oxidase. A enzima tem flavina mononucleotídeo
(FMN) como coenzima e gera além de amônia e alfa-cetoácido, peróxido de
hidrogênio.
Ciclo da Uréia
A
uréia é a forma de excreção de amônia em mamíferos terrestres. A
enzima carbamoilfosfato sintetase I (presente na micotôndria e sua
atividade depende de N-acetil glutamato) catalisa a condensação da amônia com
bicarbonato, para formar carbamoilfosfato. O ciclo da uréia tem início, na
mitocôndria, com a condensação da ornitina e do carbamoilfosfato gerando
citrulina, que sai da mitocôndria e reage com aspartato gerando
argininosuccinato e fumarato. A formação da citrulina é catalisada
pela transcarbamoilase, enquanto a argininosuccinato
sintetase gera argininosuccinato, que sofre a ação
da argininosuccinato liase e produz arginina. Finalmente a arginase transforma
arginina em uréia e ornitina. Este último composto volta para a mitocôndria,
dando continuidade ao ciclo. Este ciclo requer 4 ATP para excretar duas
moléculas de amônia na forma de uréia, através dos rins.
O
ciclo da uréia é o principal mecanismo de eliminação de amônia. Defeito na
atividade de enzimas do ciclo causa aumento nos níveis de amônia circulante
(hiperamonemia), que gera coma e morte. Deficiências parciais dessas enzimas
causam retardamento mental, letargia e vômitos episódicos. Uma explicação para
esses distúrbios talvez seja porque níveis altos de amônia favorecem a
transformação de alfa-cetoglutarato em glutamato. Isso deve comprometer as
reações do ciclo do ácido cítrico gerando uma redução na produção de ATP. Já
foram identificados pacientes com deficiência de cada uma das enzimas do ciclo
da uréia. O tratamento pode ser feito pela redução na ingestão de aminoácidos,
substituindo-os, se necessário, pelos alfa-cetoácidos equivalentes; ou pela
remoção do excesso de amônia, através da administração de fármacos que se ligam
covalentemente aos aminoácidos e que são excretados através da urina.
Benzoato
e fenilacetato são exemplos de fármacos utilizados na eliminação de amônia.
Benzoato se liga com a glicina e forma hipurato, enquanto fenilacetato liga-se
com a glutamina gerando fenilacetilglutamina. Esses produtos são excretados
através da urina.
Metabolismo de alguns aminoácidos
Ø Fenilalanina
e Tirosina:
A
transformação de fenilalanina em tirosina é catalisada pela fenilalanina
hidroxilase. A ausência dessa enzima ou de sua coenzima,
a tetraidrobiopterina, gera retardo mental devido ao aumento nos níveis de
fenilalanina e seus derivados (fenilpiruvato, fenillactato e fenilacetato - que
da à urina um odor de rato) na circulação sangüínea. Este defeito genético é
conhecido como fenilcetonúria.
A
maior parte da tirosina não incorporada às proteínas é metabolizada a
acetoacetato e fumarato. Parte é usada na síntese de catecolaminas, cujo
processo tem início com a tirosina hidroxilase, enzima dependente de
tetraidrobiopterina. O produto dessa reação é a diidroxifenilalanina (DOPA).
Dopamina - produto de descarboxilação da DOPA - é convertida, na medula
adrenal, em norepinefrina e epinefrina (ou adrenalina).
A tirosinase,
uma proteína que contém cobre, está envolvida com a conversão de tirosina
em melanina. Nessa reação DOPA é usada como cofator interno e
produzdopaquinona. A perda da atividade da tirosinase gera albinismo.
Existem vários tipos de melanina. Todas são quinonas aromáticas e o sistema
conjugado de ligação dá origem à cor.
Serotonina e melatonina são
derivadas do triptófano. A serotonina é um neurotransmissor presente no cérebro
e causa contração da musculatura lisa de arteríolas e bronquíolos. Como a
melatonina, a serotonina também é uma indutora do sono.
Níveis
elevados na urina de produtos do metabolismo de catecolaminas, como o ácido
vanililmandélico (VMA) e do metabolismo da serotonina podem indicar a presença
de tumores.
Metionina
e Cisteína
Metionina,
ao reagir com ATP, gera o composto S-adenosilmetionina (Adomet). S-adenosilmetionina
é utilizada em algumas reações como doador de grupamento metil (CH3),
transformando-se em S-adenosil-homocisteína. Este composto é metabolizado e pode
gerar o aminoácido cisteína.
A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina (creatinafosforilada) no músculo, e é
geralmente produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo-taxa
diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa
muscular, maior a taxa.
Através da medida da creatinina do sangue, do
volume urinário das 24 horas e da creatinina urinária é possível calcular a taxa de filtração glomerular, que
é um parâmetro utilizado em exames médicos para avaliar a função
renal.
Ela é filtrada principalmente nos rins, embora uma pequena quantidade seja
secretada ativamente. Existe uma reabsorção tubular da creatinina, mas ela é
compensada pelo forte grau equivalente de secreção tubular. Se a filtração dorim está deficiente, os níveis
sanguíneos de creatinina aumentam. Este efeito é usado como um indicador da função renal. Entretanto, em muitos
casos de disfunção renal severa, o nível de remoção de creatinina estará
"superestimado" porque a secreção ativa da creatinina irá contribuir
por uma grande fração da creatinina total que é removida. Taxas altas de
creatinina e BUN (nitrogênio uréico do sangue) podem também ser um indicativo de desidratação quando a taxa de BUN-para-creatinina está anormal, com os níveis de BUN mais aumentados que os níveis de
creatinina. Os homens tendem a ter níveis de creatinina mais altos porque eles
possuem uma massa de músculo esquelético maior que a das mulheres.
A creatina [NH2-C(NH) - NCH2(COOH)-CH3]
é um composto de aminoácidos presente nas fibras musculares e no cérebro. A palavra deriva do grego kreas, que significa carne. Em 1832 o cientista e filósofo
francês, Michel Eugene Chevreul, identificou e nomeou a creatina, mas foi
Justus Von Liebig, cientista alemão, que anos depois começou a promovê-la como
substancia importante para aumento de força em trabalhos físicos.
A Creatina age no organismo diretamente nas
mitocôndrias, que são organelas das células do organismo humano. Ela fornece
energia e aumenta a quantidade de água da célula, dando volume à mesma. Consequentemente
há uma expansão em suas células, o que faz com que mais energia seja consumida
para abastecer os músculos, fazendo com que você emagreça. Além disso, a
Creatina não acarreta em problemas nos rins como muitos dizem o que pode
ocorrer é uma desidratação, pois ela consumirá grande parte da água do seu
corpo.
Casos clínicos
História clínica: 11/08/06
Identificação:DEEA, masculino, branco, 02 meses, natural de Brasília,
procedente de Sta Maria, católico.Mãe (informante): Bárbara, 22 anos, do
lar.Pai: Leandro, 22 anos, comerciante.
Ø QP: “Vômitos há 20 dias”.
Ø HDA:Mãe refere que desde o nascimento a criança apresenta regurgitação
várias vezes ao dia, principalmente após as mamadas e há 20 dias o quadro
piorou.
Há um dia o quadro associou-se à diarréia, 08 episódios, sem sangue ou
muco.Levou a criança a um hospital particular, que indicou hospitalização. Em
seguida, levou a criança a outro hospital particular que não indicou
hospitalização. Procurou, então, o HRAS.
Após a internação foi passada SNG, sem novos episódios de vômitos. Nega
febre. Refere irritabilidade e pouca diurese. Hoje apresentou 02 evacuações
pastosas e esverdeadas.
Ø Antecedentes Fisiológicos:Mãe: GICIA0, fez pré-natal com 12 consultas.
Gestação sem intercorrências: refere sorologias negativas.Fez uso de
anticonvulsivante.
Nasceu por cesárea, com IG: 40s1d.
Peso: 2540g PC:32 cm Est: 46 cm
Ø Chorou ao nascer, alta hospitalar em 48h.
Ø Eliminação de mecônio: em 24 h.
Ø Vacinação completa.
Alimentação: LME por 01 mês, já ingere chás.
Antecedentes Patológicos:nega internações, cirurgias, traumas, alergias
ou hemotransfusão.
Hábitos de vida:mora em casa com 07 cômodos, com saneamento básico
completo, 04 moradores e 01 cão.
Antecedentes Familiares:
Ø Mãe: tem epilepsia. Nega tabagismo ou etilismo.
Ø Pai: Saudável. Nega tabagismo ou etilismo.
Ø Pais são primos em 3º grau.
Ø Nega outras patologias na família.
Dados antropométricos: Peso: 3960g Comp: 55cm
Ectoscopia: corado, hidratado, acianótico, anictérico, afebril, fácies
sindrômica, presença de microcefalia.
Oroscopia e otoscopia: NDN
ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros. FC: 110 bpm.
AR: MVF, presença de roncos esparços. FR: 53 irp
Abdome: flácido, indolor, sem VMG. RHA presentes.
Genitália: sem alterações.
Extremidades: membros simétricos, sem edema, boa perfusão.
l Radiografia de tórax (11/08/06): Normal
l Ecografia abdominal (14/08/06): Normal
l Fundoscopia ocular (16/08/06): Normal
l SEED(21/08/06): Normal
ECG (21/08/06): “â QRS: +60°, ritmo sinusal, FC: 150 bpm, onda T
negativa em V 1. Não há evidências de hiperpotassemia.”
Teste do pezinho ampliado (6 ddv): Normal
ü Tripsina- 73 ng/ml
ü Toxoplasmose IgM- Negativo
ü 17-OH-hidroxiprogesterona- 234 ng/ml
ü TSH- 3,98 µUI/ml
ü T4- 20,31 µg/dl
ü Galactose- 3,8 mg/dl
ü Fenilalanina- 2,96 mg/dl
ü Cromatografia de aminoácidos: Normal
ü Biotinidase: Normal
Parecer da Genética (17/08/06): presença de face dismórfica com sinais
de hiperandrogenismo.HD: Doença metabólica
Parecer da Neurologia (24/08/06):presença de hipertonia, hiperreflexia,
irritabilidade, facies senil, orelhas grandes, nariz antevertido, microssômico
.HD: Doença metabólica
Prescrição:
ü LME
ü HV
ü Ranitidina- 2mg/kg/dose, IV, 4x/dia
Técnica alimentar inadequada
Situações que favorecem a ingestão excessiva de ar antes ou após as
mamadas:
ü Choro intenso, sucção das mãos, dedos ou chupeta.
ü Mamilos retraídos que dificultam a adaptação da boca do RN.
ü Orifício do bico da mamadeira muito grande/ pequeno.
ü Excesso de leite em cada mamada.
ü Manipulação excessiva após as mamadas.
Não colocar o RN para eructar após as mamada
DRGE:criança com baixo ganho ponderal, irritabilidade (bebê chorão)
e/ou brocoespasmos recorrentes/pneumonia de repetição.
Enterocolite Necrosante:vômitos biliosos, distensão abdominal e sangue
nas fezes.Mais freqüentes em prematuros.
Obstrução do tubo digestivo:
ü Vômitos persistentes
ü Vômitos biliosos- até prova em contrário é obstrução
ü Distensão abdominal
ü Retardo da eliminação de mecônio por mais de 24h
ü Massa abdominal palpável
ü EHP: vômitos pós-prandiais, não biliosos, iniciados entre a 2ª e a 4ª
semanas de vida, com aumento progressivo de freqüência e intensidade, passando
a forma em jato.
ü Infecção: Inapetência, sucção deficiente, abatimento, déficit ponderal,
febre ou hipotermia, desidratação.
ü Lesão do SNC (meningite, hemorragia intracraniana): Sonolência ou
irritabilidade, choro anormal, convulsões, abaulamento da fontanela, separação
de suturas.
ü Obstrução ureteral: micção
retardada, jato urinário fraco e bexiga palpável.
Hiperplasia Congênita da Supra-
renal
Doença de caráter autossômico recessivo, manifestada por uma
deficiência enzimática na biossíntese do cortisol.
Incidência da forma clássica: 1/14000 nascimentos.
Há um déficit de cortisol plasmático ocasionando um ↑ da secreção do
CRH hipotalâmico e do ACTH hipofisário que agem no córtex da SR para tentar
normalizar a produção do cortisol, mas ocorre também um ↑ na produção
androgênica (nessa via não há bloqueio).
Tipos de def. enzimática:
ü Def. da 21-hidroxilase forma virilizante simples (FVS)
ü Def. da 21-hidroxilase forma perdedora de sal (FPS)
ü Def. da 11β-hidroxilase
ü Def. da 3β-hidroesteróide desidrogenase
ü Def. da 20, 22 desmolase
ü Def. da 17 hidroxilase
ü A intensidade da doença está relacionada à redução da atividade
enzimática.
ü Na FPS a atividade enzimática está abolida, comprometendo a secreção
basal de cortisol e de aldosterona, o que leva
à perda de sal pela ↓ da reabsorção de Na+ no túbulo distal.
ü Na FVS a manutenção de cerca de 1% da atividade enzimática normal é
suficiente para permitir a síntese de aldosterona e evitar a perda de sal.
Quando suspeitar de HCSR?
ü RN com genitália ambígua.
ü Rn com genitália masculina e criptorquidia bilateral.
ü RN com desidratação grave (Na+ ↓, acidose metabólica e K+
↑ ).
ü Desidratações repetidas que levam a desnutrição
ü Virilização ou pubarca precoce
Quadro clínico:
ü Meninas- genitália ambígua (virilização).
ü Meninos- o aspecto dos genitais no período neonatal pode ser normal.
ü Na FPS os primeiros sintomas
surgem após a 2ª semana de vida: déficit ponderal, vômitos, diarréia, anorexia
e desidratação grave (Insuf. adrenal aguda), se não for tratada imediatamente
pode levar ao óbito.
ü Puberdade precoce, se persistir o excesso de andrógenos.
ü Há desproporção entre o estádio de desenvolvimento pubertário e o
volume testicular, pois a fonte androgênica é das supra-renais.
ü ↑ da velocidade de crescimento e da maturação óssea.
Diagnóstico:
ü História familiar de RN falecidos, principalmente masculinos, ou
crianças que na infância eram altas e se
tornaram adultos de baixa estatura.
ü Na + : ↓↓ K
+ : ↑↑
ü ↑acentuado de 17-OHP,pregnenatriol, androstenediona, testosterona e
ACTH.
ü Idade óssea avançada.
ü Genitograma.
ü USG pélvica e cariótipo (genitália ambígua).
Caso 2
Um estudo em pacientes com PA comparando NPTxNPT glutamina→ houve uma
maior liberação de interleucina 8 (potente quimiotático ativador de
neutrófilos).
Um estudo clínico duplo- cego randomizado e controlado recente,
comparou a suplementação de lactobacilo e fibra na NE precoce em pacientes com
PA→ redução na sepse pancreática no grupo de tratamento.
Mc Clave e col (1997) compararam NP com NE em 30 pacientes com
pancreatite aguda. O suporte nutricional nos dois grupos foi iniciado nas
primeiras 48hs de evolução. A NE foi administrada através de sonda Nasojejunal.
Os pacientes submetidos à NE tiveram menor tempo de permanência na UTI, redução
do índice de insuficiências orgânicas e menor custo, comparados com os
pacientes que receberam NPT.
Kalfarentzos e col. (1997) compararam a segurança e eficácia da NE em
relação à NPT nos pacientes com pancreatite aguda grave, através do ensaio
clínico randomizado.Trinta e oito pacientes com pancreatite aguda grave foram
randomizados dentro de 48 hs para receber NE através de sonda nasoentérica ou
NPT através de catéter venoso central. Eficácia foi determinada através do BN
do paciente.
Resultados: NE foi bem tolerada;
Pacientes que receberam NE tiveram complicações totais
significativamente menores (p<0,05) e apresentaram menor risco de
desenvolver complicações sépticas (p<0,01) do que os que receberam NPT;
A ingestão protéica foi comparada entre os grupos e não houve diferença
significante no balanço nitrogenado dos pacientes.
Windsor e col (1998) avaliaram trinta e quatro pacientes com
pancreatite aguda de moderada a grave; foram avaliados e randomizados para
receber NE ou NPT por 7 dias de TN.
Os níveis séricos de imunoglobulina M e de anticorpos contra
endotoxinas NP, enquanto NE não houve alteração; a capacidade antioxidante total
também decresceu no primeiro grupo e aumentou no último;
Houve uma redução, embora não estatisticamente significante, no
requerimento de terapia intensiva, na incidência de sepse intra-abdominal e
falência multiorgânica, na necessidade de intervenção cirúrgica e na taxa de
mortalidade de NE, quando comparado com o grupo NPT.
Os autores concluíram que a NE não é apenas praticável mas pode reduzir a gravidade da doença e melhorar parâmetros químicos e fisiológicos
comparados com NP.
Referencia
Bibliografia
MURRAY K.R. et al
(2006).Harper`s biochemistry”um livro médico LANGE”.câmara brasileira do
livro,SP Brasil:dados internacionais de catalogação na publicação(CIP)v.6.
CHAMPE C. P. et al (2007).bioquímica
ilustrada.porto alegra,artmed.3°edição.
Assinar:
Comentários (Atom)
